Meus contos de fadas e as "Fadas no Divã"

Fiz um banner personalizado pra esse post. Chique, né? Mas não se acostumem, isso é coisa do ócio.


Estou falando sobre uma leitura, mas isto não é uma resenha. Não me sinto capaz de resenhar um livro sobre psicanálise, por esse ser um tema que não tenho tanta propriedade. Em vez disso vou escrever livremente sobre como cheguei até o final desse livro e como ele fez eu me sentir. Vamo ver no que isso vai dar. 

Quando criança eu tinha uma resistência a contos de fadas do tipo "príncipe salva a princesa e são felizes para sempre". Mas sempre gostei de histórias fantásticas e de suas adaptações. Achava, e ainda acho incrível que cenários que representam um modo de vida tão "ultrapassado" ainda estejam presentes em nosso dia-a-dia, na cultura que consumimos, nas histórias que contamos às crianças.

Uma vez, brincando na casa de uma amiga nós encontramos um livro grande, de capa dura, com ilustrações muito lindas. Era um livro que trazia vários contos de fadas, como "Branca de Neve e Vermelha de Rosa". Tinha muitos contos que eu não conhecia, e sempre que ia na casa dessa amiga eu lia algum desses contos. Esse livro marcou muito a minha infância, talvez tenha sido o primeiro que eu li por vontade própria.

Em algum momento eu descobri que as histórias que eu conhecia não eram as originais. Elas foram sendo adaptadas com o tempo. E eu nunca que encontrava os contos originais dos irmãos Grimm, que tinham a fama de serem muito perturbadores. Curiosa como sou e sempre fui, óbvio que essas histórias banidas chamavam muito a minha atenção. Sim, esse meu gosto por entretenimento desgraçador de mente é algo que cultivo desde criança.

Certo dia, agora já no fatídico ano de 2020, fui com meus amigos ver a nova biblioteca da faculdade. Essa biblioteca está sendo construída e reconstruída desde o nosso primeiro semestre, então estávamos animados para conhecer o novo prédio. Fazia tempo que eu não pegava um livro da biblioteca. Não é que eu não estude, é que é muito mais cômodo ler em pdf. Mas dessa vez, passeando pelas prateleiras da biblioteca, eu e minha amiga Rafaela voltamos nossa atenção a um livro.

Ela, creio eu, pelo interesse em compreender questões da infância, já que tem bastante interesse em pediatria. Ambas pelo grande interesse que nessas narrativas, que achamos fascinantes. Éramos recém saídas do estágio de Saúde Mental, no qual fomos apresentadas de forma brilhante à psicanálise. Tivemos a sorte de contar com uma professora incrível, e a partir daí conseguimos utilizar diversos conceitos na prática do nosso ambulatório de psiquiatria e no acompanhamento dos usuários do CAPS. 

O livro do qual estou falando é "Fadas no Divã: Psicanálise nas histórias infantis" dos autores Diana Lichtenstein Corso e Mário Corso. E assim, com um pouco das criança que ama conto de fadas e da estudante que ama saúde mental, pegamos o livro emprestado da biblioteca, às vésperas da quarentena, que ainda não sabíamos que estava prestes a acontecer. 

Pensando bem, a princípio achei que não teria muito o que dizer, mas quando comecei a escrever sobre percebi que consigo fazer uma resenha sim, e que se escrevesse tudo agora essa publicação ficaria muito grande. Então, logo mais devo publicar essa resenha.

E lá vou eu, assumindo compromissos mais uma vez...

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