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Mostrando postagens de abril, 2015

Um fim sem ser o fim

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Estou no penúltimo semestre. Nas últimas semanas do semestre.  Ontem minha turma fez a nossa última ação no PAR (que é um módulo predominantemente prático, no qual entramos em contato com uma comunidade que escolhemos desde o primeiro semestre). Finalmente realizar essa ação, foi algo indescritível por vários motivos: Trouxe uma sensação de completude. Um grande alívio, apesar de ainda ter muito trabalho a fazer nas próximas semanas Foi muito difícil. Sempre trabalhamos com grupos específicos: crianças, adolescentes, grávidas... mas desta vez fizemos um trabalho com o EJA de uma escola. Tinha gente de todas as idades, mas principalmente na faixa dos 20 anos. E por incrível que pareça, foi muito difícil trabalhar com pessoas da nossa idade. Principalmente porque havia uma clara divisão entre nós, e por mais que na teoria tenhamos visto Paulo Freire e tenhamos planejado com base numa comunicação horizontal, sem elitismos... passar para a prática é muito complicado. Foi lindo. Si

Enzo

Ter que ir pra rua. Sacar dinheiro. Pior: dinheiro contado para pagar contas. Vou pra rua sozinha sem problemas, mas hoje estava carente e coincidiu de Joaquim também precisar ir no centro. - Ah, Manu... bem que a gente poderia morar perto do centro. - Sim, Joaquim. Perto do centro e longe da universidade. Isso faz todo o sentido. Traçamos todo o nosso itinerário, como pessoas bem organizadas que não somos, mas de vez em quando precisamos ser. Nós dois estamos passando por dificuldades financeiras. Sabe como é... estudante, fim de semestre, inscrições para eventos, banners para imprimir, intervenções para bancar.... essa universidade só me deixa mais pobre e cansada a cada dia. - Manu, eu tô tão sem dinheiro. - Sim, Joaquim. Percebi isso pela barganha que fez assinando a Sky mesmo sem o pacote HBO. Aqui em Santo Antônio dá pra ir a qualquer lugar à pé, basta ter disposição. Coisa que nos falta muito nos finais de semestre. Sendo assim, quando alguém tem uma necessid

Semul

Tenho um professor que todo semestre idealiza um evento (não digo que ele faz um evento porque na verdade quem faz a zorra toda acontecer somos nós estudantes) chamado Semulpato. Esse semestre o Semul vai acontecer em um assentamento rural. Então tarefas são distribuídas e todos os alunos têm que colaborar. Na verdade a gente não é obrigado a nada. A na-da. Mas eu só percebi isso depois que eu já estava envolvida na organização de uma festa que a gente resolveu fazer pra arrecadar dinheiro. A comissão organizadora dessa festa era simplesmente incrível. O pessoal conseguiu vários patrocínios conseguiu bandas legais. E tudo isso agente se iniciou do zero, sem dinheiro nenhum.  Nossa, como foi trabalhoso. Eu nunca tinha ficado em um bar antes. Minha mão ficou toda cortada, o esmalte descascou, e eu não sentia mais meu braço por causa do gelo. Fora que ninguém me avisou das cantadas que eu teria que aturar. A gente trabalhou tão duro que a festa foi maravilhosa. Aconteceram algun