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Mostrando postagens de 2015

Cabelos

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Meu cabelo estava horrível. Péssimo. Pedi uma chapinha emprestada e fui alisar. Eu até me viro com a chapinha, mas nunca sai lá muito bem feita. O cabelo não fica tipo Naomi Campbel, que é o objetivo da coisa. Fazia algum tempo que eu estava vivendo igual a um zumbi (coisas de fim de semestre). E fazia algum tempo que eu não colocava meus pezinhos em um salão (coisa de desleixo ou falta de paciência ou falta de dinheiro, entenda como quiser). De forma que assim que terminei a chapinha e olhei no espelho e enxerguei Mortícia Adams. Tomei pavor àquela imagem que estava me encarando do espelho e num acesso de loucura fiz algo que uma vez na cadeira do salão de Andréia três anos antes eu tinha jurado nunca mais fazer: peguei a tesoura. Vamos voltar a três anos atrás. Adoro flash backs . Eu ainda estudava no CEFET/IFBA. Conversando com uma amiga e a amiga da minha amiga, veja bem ela não era minha amiga mas era amiga da minha amiga, ela poderia ser minha amiga, nada contra s

A arte de jogar tudo pra cima pra assistir Hannibal

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Tem momentos que não dá. Não tem como dar conta. E precisamos jogar tudo pra cima mesmo. Nem que seja pra catar de volta depois. Tenho andado muito estressada por diversos motivos que incluem duas apresentações que preciso fazer amanhã. Vai dar certo (pelo menos tenho que ser otimista), mas a ansiedade persegue! Aqueles pensamentos de que vou falar merda, de que vão me criticar, de que vão fazer perguntas que não sei responder... essas coisas que fixam na sua cabeça igual música da Anitta ih pra escandalizar, dar a volta por cima não param até te ver pirando. (vem na maldade com vontade chega encosta em mim hoje eu quero e você sabe que eu gosto assim ah ah ah ah ah ah ah -essa parte eu só coloquei porque sei que você vai continuar cantando sem querer, a não ser que você seja underground demais pra Anitta) Ontem eu precisei jogar tudo pra cima. Mesmo que depois eu tenha ido dormir de madrugada re-re-re-reelaborando minhas apresentações e tenha acordado cedo hoje pra continu

Uma deliciosa torta de chocolate

Nos últimos dois anos participei de um evento chamado Fórum 20 de Novembro, sobre a consciência negra. Sempre ocorrem oficinas de valorização da cultura negra, mais palestras relacionadas a diversos temas relevantes para a saúde, história, educação, empoderamento... Eu gosto. Os afazeres desse semestre (TCC, trabalhos, estudos de caso, reuniões de grupo.......) me fizeram ficar tão alheia que não me dei conta de que já era 20 de Novembro. É isso. Eu queria celebrar de alguma forma. E já estava tão saturada de tantos textos, que assistir um filme foi uma boa pausa. As postagens do facebook me indicaram "Histórias Cruzadas" (e me deixaram curiosa com relação ao bolo de chocolate). Que filme sensacional! Se passa nos anos 60, no Mississipi, em meio a uma sociedade extremamente racista, na qual as relações estão tão naturalizadas que ninguém contesta, mesmo quem não concorda, e se sente infeliz nessa vida de desigualdades. Ninguém exceto Skeeter, essa mulher estranha em rela

Você sabe como faz um bonsai?

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Bom, eu também não sei. mas o irmão de uma amiga minha sabe. Essa minha amiga, Rebecca, é contra os bonsais. Por que ela acha que é contra a natureza, que machuca as pobres plantinhas, atrofia o crescimento delas. Usa-se fios de cobre ou alumínio encapado para moldar a planta. O site cultivando ensina como fazer, e garante que esse processo não machuca a planta (afinal isso prejudicaria a planta e o bonsai não ficaria bonito). Mas eu não entendo nada de bonsai apenas li superficialmente algumas coisas e ouvi atentamente o discurso de Rebecca, mas o que realmente me motivou a escrever este post foi a rebeldia desta planta: (Fonte: cool thing of the day ) Mandei essa foto para a minha amiga e ela respondeu: "EU ACHO É POUCO PARA O DONO DESSE BONSAI" E é com essa bela imagem de perseverança e rebeldia que começamos o dia hoje. See ya!

Bordejando em Piritiba - O sanfoneiro cochilou e a sanfona não parou e o forró continuou

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Nada mais junino do que curtir um forrozinho com a família e agregados (na verdade eu é que era a agregada) em clima de roça, tomando licor. O sanfoneiro resolveu convocar uma quadrilha improvisada, e descobri: gente sertaneja e gente paulista não sabe dançar quadrilha. Ficaram meia hora na grande roda. Mas se divertiram. O chão levantava poeira quando o pessoal dançava o xote, o baião e o xaxado. Todos voltaram pra casa com os pés sujos de terra. Ali, com o som, as pessoas, a plantação, o curral, o céu se apagando e a fogueira acendendo... Um momento tão bom que superou a festa da praça, com as bandas, o frio e a multidão.

Bordejado em (plantei um sítio no sertão de) Piritiba

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Você conhece a música "Capim Guiné", de Raul Seixas? Então, foi inspirada nessa cidadezinha na qual me encontro. E inspirou o nome da pousada que visitei. Fomos ao Capim Guiné ver um samba que estava rolando por lá. Olha, que lugar bacana. Toda a estrutura é rústica, sem acabamento na parte externa das construções, mas bem acabado por dentro. Eles espalharam ainda cartazes bem humorados e com um linguajar caipira. É proibido "mijar" no canteiro de flores, e as mulheres podem ir no "çanitario de mulé", dentre outras coisas. O ambiente é muito agradável, bonito, acolhedor. Me apaixonei. O samba que estava sendo tocado, não era samba de roda como eu estou acostumada, mas samba de viola, também chamado de chula. Os cantores tinham habilidade de repentistas, e os espectadores tinham um jeito peculiar de bater palmas no ritmo da música. E algo que achei bem interessante, foi como durante boa parte do tempo só havia homens dançando.

Uma imagem

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... capaz de resumir como estou me sentindo física e mentalmente nesses últimos dias:

Sobre um pai ausente (de novo)

Ultimamente tenho aprendido que não basta gostar, amar... tem que demonstrar. Se não você perde a chance de fazer com que essa pessoa amada se sinta feliz, valorizada... Digo que tenho aprendido, porque não sou dessas pessoas que sabem se expressar bem quando o assunto é sério. E essas coisas de amor são sérias. Então a saída que tenho encontrado (para essa minha grande dificuldade de verbalizar o que sinto) é demonstrar por meio de gestos. Pequenos. Até mesmo porque palavras sem um contexto não tem valor nenhum. Agora, porque escrevo uma carta a um pai ausente no dia seguinte ao dia das mães? Porque temos nossos problemas no dia-a-dia, mas ontem o dia foi tão lindo, estávamos todas quatro (tenho três mães) tão unidas... Que hoje o aniversário de um pai me deixou muito desconcertada. Já escrevi um post dizendo que admitia que o amava. E hoje a nossa relação existe um pouco mais do que antes. A maior parte da relação que eu tinha no passado com o meu pai existia apenas na minha

como se não tivesse o que fazer...

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... voltei a fazer desenhos da vida cotidiana. Essa historinha é sobre a preguiça de voltar pra casa. Teria mais graça se você conhecesse os personagens envolvidos, tenho certeza disso. Ok. Beijos.

Um fim sem ser o fim

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Estou no penúltimo semestre. Nas últimas semanas do semestre.  Ontem minha turma fez a nossa última ação no PAR (que é um módulo predominantemente prático, no qual entramos em contato com uma comunidade que escolhemos desde o primeiro semestre). Finalmente realizar essa ação, foi algo indescritível por vários motivos: Trouxe uma sensação de completude. Um grande alívio, apesar de ainda ter muito trabalho a fazer nas próximas semanas Foi muito difícil. Sempre trabalhamos com grupos específicos: crianças, adolescentes, grávidas... mas desta vez fizemos um trabalho com o EJA de uma escola. Tinha gente de todas as idades, mas principalmente na faixa dos 20 anos. E por incrível que pareça, foi muito difícil trabalhar com pessoas da nossa idade. Principalmente porque havia uma clara divisão entre nós, e por mais que na teoria tenhamos visto Paulo Freire e tenhamos planejado com base numa comunicação horizontal, sem elitismos... passar para a prática é muito complicado. Foi lindo. Si

Enzo

Ter que ir pra rua. Sacar dinheiro. Pior: dinheiro contado para pagar contas. Vou pra rua sozinha sem problemas, mas hoje estava carente e coincidiu de Joaquim também precisar ir no centro. - Ah, Manu... bem que a gente poderia morar perto do centro. - Sim, Joaquim. Perto do centro e longe da universidade. Isso faz todo o sentido. Traçamos todo o nosso itinerário, como pessoas bem organizadas que não somos, mas de vez em quando precisamos ser. Nós dois estamos passando por dificuldades financeiras. Sabe como é... estudante, fim de semestre, inscrições para eventos, banners para imprimir, intervenções para bancar.... essa universidade só me deixa mais pobre e cansada a cada dia. - Manu, eu tô tão sem dinheiro. - Sim, Joaquim. Percebi isso pela barganha que fez assinando a Sky mesmo sem o pacote HBO. Aqui em Santo Antônio dá pra ir a qualquer lugar à pé, basta ter disposição. Coisa que nos falta muito nos finais de semestre. Sendo assim, quando alguém tem uma necessid

Semul

Tenho um professor que todo semestre idealiza um evento (não digo que ele faz um evento porque na verdade quem faz a zorra toda acontecer somos nós estudantes) chamado Semulpato. Esse semestre o Semul vai acontecer em um assentamento rural. Então tarefas são distribuídas e todos os alunos têm que colaborar. Na verdade a gente não é obrigado a nada. A na-da. Mas eu só percebi isso depois que eu já estava envolvida na organização de uma festa que a gente resolveu fazer pra arrecadar dinheiro. A comissão organizadora dessa festa era simplesmente incrível. O pessoal conseguiu vários patrocínios conseguiu bandas legais. E tudo isso agente se iniciou do zero, sem dinheiro nenhum.  Nossa, como foi trabalhoso. Eu nunca tinha ficado em um bar antes. Minha mão ficou toda cortada, o esmalte descascou, e eu não sentia mais meu braço por causa do gelo. Fora que ninguém me avisou das cantadas que eu teria que aturar. A gente trabalhou tão duro que a festa foi maravilhosa. Aconteceram algun