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Mostrando postagens de junho, 2015

Bordejando em Piritiba - O sanfoneiro cochilou e a sanfona não parou e o forró continuou

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Nada mais junino do que curtir um forrozinho com a família e agregados (na verdade eu é que era a agregada) em clima de roça, tomando licor. O sanfoneiro resolveu convocar uma quadrilha improvisada, e descobri: gente sertaneja e gente paulista não sabe dançar quadrilha. Ficaram meia hora na grande roda. Mas se divertiram. O chão levantava poeira quando o pessoal dançava o xote, o baião e o xaxado. Todos voltaram pra casa com os pés sujos de terra. Ali, com o som, as pessoas, a plantação, o curral, o céu se apagando e a fogueira acendendo... Um momento tão bom que superou a festa da praça, com as bandas, o frio e a multidão.

Bordejado em (plantei um sítio no sertão de) Piritiba

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Você conhece a música "Capim Guiné", de Raul Seixas? Então, foi inspirada nessa cidadezinha na qual me encontro. E inspirou o nome da pousada que visitei. Fomos ao Capim Guiné ver um samba que estava rolando por lá. Olha, que lugar bacana. Toda a estrutura é rústica, sem acabamento na parte externa das construções, mas bem acabado por dentro. Eles espalharam ainda cartazes bem humorados e com um linguajar caipira. É proibido "mijar" no canteiro de flores, e as mulheres podem ir no "çanitario de mulé", dentre outras coisas. O ambiente é muito agradável, bonito, acolhedor. Me apaixonei. O samba que estava sendo tocado, não era samba de roda como eu estou acostumada, mas samba de viola, também chamado de chula. Os cantores tinham habilidade de repentistas, e os espectadores tinham um jeito peculiar de bater palmas no ritmo da música. E algo que achei bem interessante, foi como durante boa parte do tempo só havia homens dançando.