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Mostrando postagens de abril, 2016

Livro | A perseguição

Faz um bom tempo que não falo sobre alguma leitura... E estou devendo vários! Não tenho mesmo vergonha na cara. Pedi a uma amiga um livro leve para me distrair durante uma semana com poucas tarefas a fazer. Ela me emprestou A Perseguição , de Sidney Sheldon. Quando ela falou quem era o autor eu pensei logo: erotismo, mulher protagonista, suspense, intrigas... E peguei o livro emprestado. Não era nada do que eu estava esperando. Não é um livro que eu recomendaria a mim mesma. Não que seja ruim, sabe. É um livro que eu recomendaria ao meu irmão pré-adolescente, por exemplo. Vou dar um panorama geral da história. Tudo começa com a morte dos pais de Masao Matsumoto. Com isso Masao se torna o novo dono da companhia de tecnologia Matsumoto, um império multinacional. Daí ele descobre que estão planejando matá-lo para usurpar o controle da empresa. Daí em diante Masao começa a fugir e usar toda sua astúcia num jogo contra seu tio, pela sua vida e pelo controle da empresa M

17 de abril de 2016

Me perguntaram hoje o que eu estava achando de viver esse momento histórico de votação do impeachment da presidenta Dilma. Não estou nem um pouco feliz. Estou na verdade muito decepcionada, muito enraivada por mim, que só tomei consciência do meu papel político agora que vejo essas pessoas que não representam nem a mim e nem aos meus amigos de facebook (é, posso dizer que estou grata à maioria galera do face, por enxergar a realidade) fazendo esse papel ridículo na câmara dos deputados. Não é questão de ser ou não ser petista. De apoiar Dilma ou não. É questão de enxergar que não houve um crime de responsabilidade, que é o que estou cansada de ouvir ser a motivação para o impedimento de um presidente da república. As pessoas que justificam seus votos a favor do golpe não o fazem com argumentos convincentes (denunciando o seu analfabetismo político), falando ridiculamente, como já virou meme nas redes sociais, que estão agindo por sua família, por Deus, pela sua cidade, pelo seu es

Invadindo a privacidade

Moro em um apartamento. E o sistema de ventilação torna impossível deixar de tomar parte em alguma coisa da vida alheia. É uma sensação muito estranha, porque sei muita coisa sobre meus vizinhos sem ter trocado nada além de um bom dia, e talvez um boa tarde. Sei do relacionamento complicado (para não dizer abusivo) do casal, das dificuldades em ser pais  mãe de primeira  viagem. Me angustio com o que ouço, que é muito diferente da visão que tenho quando os vejo fora de casa. Me incomodo, mas não sei se deveria. Tenho vontade de me intrometer, de gritar da área de serviço "tá errado isso aí que vocês estão fazendo, vamo parar?". Não escuto por mal. Mas não deveria escutar, pois não sei o que fazer com tantas informações.