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Mostrando postagens de julho, 2012

Livro | O Apanhador no Campo de Centeio

Eu estava assistindo Criminal Minds, e Reid se referiu a esse livro como  o favorito dos serial killers . Por alguma razão ele estava na estante "vou ler" do Skoob, então resolvi ler.  Criei enormes expectativas a respeito do livro e, lamento dizer, me decepcionei.  No início pensei que vocabulário paupérrimo de Holden, personagem principal e narrador do livro, tornaria a leitura mais divertida. Não ligo para as gírias do tempo do ronca, mas ele repetia demais expressões como "no duro" ou "coisa que o valha". Eu até entendo, os adolescentes falam assim mesmo, repetem os mesmos bordões o tempo todo, e Holden chega até a se explicar: "Eu também vivo dizendo 'Puxa!', em parte porque tenho um vocabulário horroroso, e em parte porque às vezes me comporto como se fosse um garoto." Holden é de certa forma contraditório. Ele chama todo mundo (com exceção de seus irmãos e de umas freiras que ele acaba conversando e Jane) de creti

uma mocinha

Fui no trabalho da minha mãe falar com ela. A recepcionista não sabia que eu era filha dela, até o guarda me cumprimentar e perguntar "veio ver sua mãe?". Aí então ela teve que dizer: Nossa, eu não sabia que Mari tinha filha mocinha . Sou uma mocinha, ué.
Minha vida anda mais parada do que berçário de mosquito da dengue. Não faço na-da. Quer dizer, ajudo minha vó numas tarefas domésticas e minha mãe num trabalho que ela ta fazendo. Agora mesmo estou rodeada de papeis por causa desse trabalho da minha mãe. Tava pensando aqui que no próximo ano (ou daqui a alguns meses, a depender da boa vontade do governo e das universidades federais) minha vida vai estar completamente diferente. Isso me dá medo. Quando penso que provavelmente vou dividir um apartamento com pessoas desconhecidas só me vem à mente que nossas tpm's vão coincidir e vamos brigar todo mês. Té parece. É preciso muuuito pra me tirar do sério. Se bem que quando isso acontece... não gosto de lembrar, são sempre momentos muito constrangedores. Terminei de ler Feios. Teve uma hora que me lembrei do meu antigo professor de Biologia, falando sobre a simetria, como é importante para evolução et cétera e tal e também que quanto mais simétrico é um rosto, mais bonito ele é. Po

Livro | Feios

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Feios, de  Scott Westerfeld,  é um romance futurista  que tem como protagonista a personagem Tally Youngblood. Nesse futuro imaginário todo adolescente ao completar 16 anos passa por uma intervenção cirúrgica para se tornar "perfeito", antes disso todos eles são "feios" e moram em cidades separadas. A justificativa dada às pessoas desde pequenos, na escola, é que se todos forem iguais, não haverá disputas, guerras e injustiças. Parece dar certo, pois todos os perfeitos que Tally observa quando vai às escondidas para Nova Perfeição vivem felizes, festejando o tempo todo. O romance é dividido em três partes - Tornando-se perfeita , A  Fumaça e No fogo . A primeira não me atraiu muito (cheguei a pensar em abandonar a leitura), porém em determinado momento houve uma reviravolta e  a história (finalmente!) se tornou mais dinâmica. Os pontos altos são os finais e inícios das três partes. Depois o ritmo cai e tudo fica meio monótono. O que de início p

Livro | A Cura de Schopenhauer

Nos Agradecimentos Irvin D. Yalom chama sua obra de " estranha mistura de ficção, psicobiografia e pedagogia da  psicoterapia". Terminei de ler me sentindo realmente uma aluna estudando sobre psicotrapia, e digo mais: achei interessantíssimo. - Eu diria que Schopenhauer curou você, mas agora você precisa  se curar dele. - disse Tony (p. 573) Não sei bem por qual motivo me interessei por esse livro. Não conheço outras obras do autor e nunca tinha ouvido falar desse tal de Schopenhauer, aliás, antes de começar a ler, perdoe a ignorância, eu pensava que Artur Schopenhauer era um mero personagem fictício. Além disso as 614 páginas me fizeram desanimar. Tanto é que só comecei a lê-lo agora, depois de 7 meses de tê-lo adquirido. Demorei pra começar a ler, mas digo que foi numa ótima fase da minha vida. Comecei a ler logo após uma conversa que tive com um amigo e que me fez pensar sobre mim mesma, sobre a forma que eu me expressava e sentia, e a partir de então passei a val

Feios

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Ontem foi meu aniversário de 18 anos. A maior parte do dia foi como todos os outros, exceto pela tarde, quando Brenda e Nandally trouxeram um bolo aqui pra mim. :D Allana também ajudou a fazer, mas preferiu ficar assistindo Chocolate com Pimenta. Elas não tiveram coragem de tacar minha cara no bolo, como nós fizemos no aniversário de Brenda. Tava lindo e uma delícia. Fiquei recebendo as mensagens do facebook e ligações dos meus amigos e também das pessoas que só me felicitaram por educação, enfim, mas fiquei feliz. Foi um bom dia. Eis  que hoje o cara do Sedex para aqui na porta pra me entregar um pacote. Esses feios são demais, viu? Feio é um apelido carinhoso entre mim e meus ex-colegas. Eles sabem que eu gosto de ler, e não podiam me dar outro presente senão o livro Feios, de Scott Westerfeld. 

Livro | Papeis Avulsos

Antes de começar a ler essa compilação de contos movida pela obrigatoriedade do vestibular não imaginava que fosse gostar tanto, principalmente por conta do preconceito que tenho com livros clássicos (estou melhorando isso). Publicado em 1882, e estamos falando de ninguém menos que Machado de Assis, ele que, como meu professor de literatura costuma falar, é um autor tão completo e complexo que em si próprio é uma escola literária inteira. Machadianismo. Eu ia ler só O Alienista e Teoria do Medalhão , que são os mais cobrados nas provas, mas foi tão bem recomendado que resolvi ler Papeis Avulsos inteiro. Logo no prefácio o autor nos explica o título. “Papeis Avulsos” nos traz uma ideia de desorganização, que os contos nada tem a ver uns com os outros, mas não. Até mesmo por se tratar de Machado, e ele ter uma escrita muito particular os contos geralmente traziam uma temática parecida. Em todos, sem exceção, vemos a questão da ascensão social. Os personagens fazem de tudo para cons

um post mais ou menos grande sobre três coisas que não tem nada a ver umas com as outras.

Fui num show de Victor e Leo dia 23, fazia parte da programação de São João daqui de Ituberá. Eles eram a maior atração do famoso   Forró do Dique.  Não imaginava que fosse gostar do show. Paguei a língua. Se bem que parece que eu e meus amiguinhos fomos os únicos a gostar da festa. Sério. Só estava faltando a uma faixa escrito EU s2 V&L amarrada na testa e um cartaz , porque nos revezávamos entre as músicas pra subir numa cadeira que Alanna arranjou e ficar dando uma de tiete. Meus amigos achavam que eu já estava na merda - tinha acabado de chegar do Forró Dendê, mas peraê, passei em casa e tomei banho antes - de tão eufórica que eu estava. Eu tava pior do que quando assisti um show de Jorge Versilo, que ficava tietando sem saber cantar mais do que duas ou três músicas. Foi bom. Eu não estava muito empolgada esse São João. Tanto é que só saí dia 23 mesmo, e claro, cerca de uma semana antes, quando Nandally me chamou para uma festinha que a tia dela organiza todo ano. Aquilo si