Sobre um pai ausente (de novo)

Ultimamente tenho aprendido que não basta gostar, amar... tem que demonstrar. Se não você perde a chance de fazer com que essa pessoa amada se sinta feliz, valorizada... Digo que tenho aprendido, porque não sou dessas pessoas que sabem se expressar bem quando o assunto é sério. E essas coisas de amor são sérias. Então a saída que tenho encontrado (para essa minha grande dificuldade de verbalizar o que sinto) é demonstrar por meio de gestos. Pequenos. Até mesmo porque palavras sem um contexto não tem valor nenhum.

Agora, porque escrevo uma carta a um pai ausente no dia seguinte ao dia das mães? Porque temos nossos problemas no dia-a-dia, mas ontem o dia foi tão lindo, estávamos todas quatro (tenho três mães) tão unidas... Que hoje o aniversário de um pai me deixou muito desconcertada.

Já escrevi um post dizendo que admitia que o amava. E hoje a nossa relação existe um pouco mais do que antes. A maior parte da relação que eu tinha no passado com o meu pai existia apenas na minha imaginação. E um pai imaginário não tem os defeitos do pai real. 

Muita gente me diz pra não ser tão dura com ele, que eu não conheço a história dele... Ué, e porque ninguém me conta essa história? Conheço a nossa história por diversos pontos de vista diferentes. Menos do dele.

Não conheço esse homem que me chama de filha. Não entendo porque ele se aproxima e se afasta com tanta rapidez. Ele não entende que somos diferentes e que eu preciso de um pouco mais de tempo?

Eu sei que sou sua filha.
Eu gostaria de me sentir sua filha.

Imagina que difícil pra mim dar o pontapé inicial. Um dia nós vamos conseguir nos acertar.

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