Saudades de Super Mario, Sonic e Power Rangers

Sei lá por que deu vontade de escrever sobre a época em que me tornei o que sou hoje. Quando eu já não era muito simpática e saía pra brincar na rua sozinha. Arrancava as flores da vizinha pra fazer comidinha nas minhas panelinha de plástico cor-de-rosa. Eu brincava de vez em quando com as meninas da rua, mas não guardo essas lembranças, talvez por que eu não fosse importante pra elas. Me lembro melhor dos meninos. Eles cantavam pra mim músicas da Daniela Mércuri.

É VACA LOUCA, É VACA LOUCA, É VACA LOUCA PRA DANAR

Victor e os amiguinhos da rua. Tão adoráveis.

A minha diversão era atrapalhá-los enquanto jogavam video-game aqui em casa. Super Nintendo [uaaáu], eles não me deixavam jogar. Isso por que eu era muito boa e eles não queriam perder para uma menina. Mentira, eu era e ainda sou péssima. Aliás, não saber jogar é um dos traumas da minha vida. O máximo que consigo zerar é joguinho de celular. Mas voltando... um belo dia minha avó mandou eles desligarem o aparelho. Essa era a hora mais divertida do meu dia, exceto é claro a hora de montar a casinha das Fofoletes com pecinhas de lego. Lá vou eu toda alegre e desengonçada - eu fazia e ainda faço coleção de "roxos" - mandar com toda a autoridade eles pararem de brincar. Claro que ninguém me deu ouvidos então eu arranquei o plugue da tomada com violência e levei aquele choque. Fiquei tremendo o resto da noite. Mas pelo menos atrapalhei a brincadeira deles. Arrá.

De lembrar que eu jogava Power Ragers.