Eu deixo a porta aberta e o gato foge

As vezes eu entro em crise. Ultimamente tenho tentado mapeá-las.

As vezes eu fico muito muito triste e desesperada e não sei a razão para tudo aquilo. Parece uma reação desproporcional para problemas pequenos, os quais tenho essa tendência a maximizar.

Tenho essa tendência a maximizar tudo. Poeticamente: intensidade.

Hoje eu estou tão voltada para dentro que nem parece que estou em crise. Não estou dando um show, digamos assim. Agitada demais para dormir, meditar ou relaxar. Mas a agitação é aqui dentro. Estou precisando de calmaria, mas são tantos estímulos.

É o calor.
O gato mia.
O moço conversa na rua.
A TV alta no quarto ao lado.
A música calma que coloquei, mas que se confunde com todos os outros sons e não cria o efeito desejado.

Solução: Fones de ouvido. Agora estou isolada e apenas a dor de cabeça me incomoda.
Solução: auto-masssagem. Já conheço todos os pontos gatilho, todos os pontos de tensão no meu pescoço e nuca que causam a minha bendita dor de cabeça. Se estimulo meus pontos a dor é estranhamente confortante: sei que quando essa dor passar ela leva a dor de cabeça junto.

Como eu queria que houvesse um ponto gatilho que eu pudesse apertar e fazer sumir as dores emocionais da mesma forma que a minha dor de cabeça se vai.

Escrever me acalma.

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