Livro | Brida

Viver é mais importante do que entender

Paulo Coelho é um autor muito criticado. Até agora Brida foi o segundo romance do autor que eu li, e não achei tão ruim quanto dizem. Na verdade, pesquisando um pouco mais, percebi que as opiniões a respeito dele divergem bastante: há muitas pessoas que detestam e outras tantas que acham o máximo. Não concordo nem com um grupo nem com o outro.
Gostei de Brida. Encarei a leitura como ficção. Apesar do Paulo insistir ser tudo verídico, não acredito em toda essa "magia".
Não me identifico como fã de auto-ajuda, mas esse livro me trouxe para várias reflexões. Na realidade, era uma lição à cada virar de página. O próprio livro - que aliás, me foi muito bem recomendado, daí toda a minha vontade de lê-lo - estava cheio de sublinhados e frases escritas à lápis. E o engraçado é que as reflexões da antiga dona contrastavam com as minhas.

Brida nos leva para o aprendizado das Tradições da Lua e do Sol, nas quais ela se descobre e adentra no mundo da magia, como a bruxa que é. Apesar de não levar a história à sério, achei interessante a visão que ele traz da cultura dessas mulheres (há homens na tradição também, mas nessa história elas dominam) que já sofreram tanto no passado com a Inquisição, e que mantém sua cultura até hoje, pelo que nos é narrado.

Não vou mentir, fiquei pensando na minha Outra Parte e tentando ouvir o "som do mundo", mas o lóbulo da minha orelha não é preso, então não devo ser bruxa.

"-Todos nós estamos no mundo para correr os riscos da Noite Escura, Senhor. Tenho medo da morte, mas não quero perder a vida. Tenho medo do amor, porque ele envolve coisas que estão além de nossa compreensão; sua luz é imensa, mas sua sombra me assusta." (pag. 230)

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