Livro | As Terras Devastadas

Esse bloguinho tá uma verdadeira terra devastada, né? Tão abandonado, coitado. Não é por nada não. Estive lendo três, até quatro livros ao mesmo tempo e não conseguia terminar nenhum. Lia muito devagar porque cansava logo, ou me sentia culpada por estar lendo fantasia quando deveria estar lendo fisiologia ou histologia ou filosofia. Mas eu sempre conseguia uma folguinha, e agora estou de "férias". Coloquei entre aspas porque universidade pública sabe como é, né? Já estamos com o calendário atrasado, greve dos servidores técnicos, sem previsão para o período de matrícula, enfim.

Mas vamos falar de Stephen King e dAs Terras Devastadas à caminho da Torre Negra. Lendo esse livro percebo o que pode ter me atraído nesse autor. O que ele escreve é tão bizarro, mágico, inesperado, bizarro, fantástico, ridículo e muito bizarro... que quando leio a saga da Torre Negra me sinto como se eu estivesse sonhando acordada criando histórias de fantasia loucas, do tipo que se imagina mas não conta pra ninguém.

É sério. Pra ler a Torre Negra você precisa ter sua mente muito aberta. Porque alguns trechos chegam a ser desconcertantes tamanha a bizarrice (vide monstros de reboco, monotrilhos falantes e demônios oráculos tarados). Aquele homem tem uma mente brilhantemente criativa, mas incrivelmente doentia. Isso você percebe facilmente ao observar a extensão de sua obra.
  
Vou assumir o seguinte: se você está lendo esse texto, é porque já leu os livros anteriores da série (O Pistoleiro e A Escolha dos Três), então não tem problema se eu citar acontecimentos passados, certo? Apesar de toda a bizarrice que citei insistentemente, o suspense é bem trabalhado, de forma a me impedir de abandonar a leitura. Ta bom, reconheço, eu sou um pouco adepta ao bizarro. E além disso, nem só de trechos loucos é que se faz um livro de Stephen King.
Conhecemos Jake no posto de parada, ele acompanhou e foi "abandonado" pelo pistoleiro antes que esse encontrasse os outros escolhidos. Roland precisa que seu grupo (ka-tet) fique completo para cumprir o seu ka - algo como destino -  do qual Jake indiscutivelmente faz parte. Quando Jake morreu no mundo de Roland ele disse haver outros mundos além daquele. Ao encontrar uma porta para nosso mundo, Roland consegue evitar a primeira morte de Jake. A partir desse momento as memórias dos dois se embaralhem. A realidade deles se dividem em duas: uma em que eles se conheceram e outra em que esse encontro nunca aconteceu. Então, ambos tentam reestabelecer a sanidade. Loucura, hein.
Essa saga compõe a parte um do livro, que pra mim, foi a melhor, enquanto a parte dois trata sobre a chegada dos pistoleiros (afinal, todos eles são pistoleiros, não é mesmo?) na cidade de Lud, onde muito babado, confusão e gritaria os estava esperando antes que eles pudessem alcançar as terras devastadas.


No fim das contas é isso o que tenho a dizer sobre esse livro (e sobre a saga até aqui): É muito louco, mas ao mesmo tempo é interessante. Não indicaria essa série a qualquer um. Eu mesma ainda não decidi se gosto. Ando numa relação muito instável: algumas vezes gostando, e algumas outras não... E sigo lendo. 

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