Comecei a leitura de Os sete maridos de Evelyn Hugo muito despretensiosamente. Percebi que existia uma certa comoção na internet por esse livro, mas eu não costumo me manter tão atualizada nos lançamentos, e nem me comover muito com o que fica hypado (é o medo de ter as expectativas frustradas). Como resultado, comecei a ler Evelyn Hugo depois de uma indicação (sem muitas explicações) de uma amiga. E fui surpreendida: a história é muuuuito boa. Tem bastante coisa que eu gostaria de comentar, mas acabaria trazendo spoilers e estragando a experiência, então vamo ver no que dá esse meu texto sem spoilers. Eu fingindo ser uma estrela de cinema (foi o melhor que consegui fazer kkk) O título me causou estranhamento porque é problemático ver mulheres reduzidas a seus relacionamentos amorosos como se isso fosse a coisa mais relevante de suas vidas. Mas logo compreendi a proposta: Fala-se dos sete maridos, mas a personagem principal é a Evelyn e todas as suas dimensões. Como um grande ami...
Faz pouco tempo que comecei a dar plantões, mas parece até que tem mais tempo. Salvei algumas vidas, frustrei algumas outras, enchi muito o saco dos meus colegas, discutindo casos em que me sentia insegura. Vivi bastante coisa, mas ao mesmo tempo me pergunto quando vai passar essa sensação de medo do que está por vir. Quando eu vou começar a ir em paz? Estou aqui arrumando minha mochila com medo. E se eu não souber lidar com o que surgir amanhã? As vezes acho que a enfermagem passa por cima de mim, e isso me deixa ressentida. Mas também se não fosse por elas eu estaria perdida. Rimou sem querer, mas foda-se o eco, eu até gostei. Comecei a escrever este texto um mês depois da minha formatura. Ele ficou aqui perdido no meio dos rascunhos e é muito engraçado - talvez desesperador - que a sensação continue aqui. Quase a mesma. Quase é bom. E hoje minha vida está infinitamente diferente de como estava naquela época, mais ou menos um ano atrás. Não tô nem mesmo mais na mesma cidade. Est...
Faz tempo. E eu nem lembrava quanto. Na verdade faz menos tempo do que eu pensava. E isso nem é importante mesmo. Só me deixa ter direito a um pouquinho de futilidade. Eu tenho esse direito, não tenho? O direito de não fazer sentido. Se tenho, me deixa aproveitar dele hoje. Não estou afim de ser direta. O dia-a-dia já me obriga a ser direta o suficiente. E a obedecer as normas cultas o suficiente. Eu tenho esse direito, não tenho? O direito a uma licença poética. Não sempre, só de vez em quando mesmo. Já não lembro mais das minhas motivações. Vim aqui corrigir uns erros imaginários que nem são tão importantes assim.
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