Livro | Quarto de despejo (Carolina de Jesus)
Sempre que se falava em mulheres negras de grande importância para a literatura nacional o nome de Carolina de Jesus aparecia. Esse livro já me foi indicado diversas vezes, e aproveitei as férias para ler.
Foi a quebra de um jejum. Porque há tempos eu não lia e também nunca tinha lido um diário.
Quarto de Despejo: Diário de uma favelada conta o dia-a-dia de Carolina e seus três filhos numa favela em São Paulo. É uma leitura impactante, porque a forma como a autora escreve a sua realidade nua e crua nos leva a experimentar as sensações de viver numa comunidade durante a década de 1940-1950, quando as favelas começavam a surgir em São Paulo e a infraestrutura era extremamente precária. A autora mistura uma escrita culta com uma linguagem bastante coloquial, e é assim que descreve onde vive, faz relatos da sua vida e da convivência em comunidade, e tudo isso com força e leveza emocionantes. Vez ou outra ainda somos brindados com constatações do dia-a-dia um tanto quanto poéticas.
Carolina se revezava a trabalhar como catadora e a escrever nas horas vagas, sempre que tinha oportunidade, ela registrava os seus pensamentos. É interessante essa experiência de se sentir presente no momento em que o livro está sendo escrito, perceber todo o processo. A trajetória de Carolina até a publicação do seu primeiro livro é forte e tocante. Traz uma sensação muito boa saber que ela conseguiu realizar o seu sonho, que seus diários se tornaram um livro publicado. A história continua nos livros seguintes, e perdura até hoje, após o seus centenário.
É lindo ver um livro como este, de uma escritora brasileira, negra e periférica, que por alguns não é considerada literatura, sendo conhecido mundialmente. É lindo ver Carolina de Jesus sendo homenageada e reconhecida pela importância que a obra dela tem.
Foi a quebra de um jejum. Porque há tempos eu não lia e também nunca tinha lido um diário.
Quarto de Despejo: Diário de uma favelada conta o dia-a-dia de Carolina e seus três filhos numa favela em São Paulo. É uma leitura impactante, porque a forma como a autora escreve a sua realidade nua e crua nos leva a experimentar as sensações de viver numa comunidade durante a década de 1940-1950, quando as favelas começavam a surgir em São Paulo e a infraestrutura era extremamente precária. A autora mistura uma escrita culta com uma linguagem bastante coloquial, e é assim que descreve onde vive, faz relatos da sua vida e da convivência em comunidade, e tudo isso com força e leveza emocionantes. Vez ou outra ainda somos brindados com constatações do dia-a-dia um tanto quanto poéticas.
Carolina se revezava a trabalhar como catadora e a escrever nas horas vagas, sempre que tinha oportunidade, ela registrava os seus pensamentos. É interessante essa experiência de se sentir presente no momento em que o livro está sendo escrito, perceber todo o processo. A trajetória de Carolina até a publicação do seu primeiro livro é forte e tocante. Traz uma sensação muito boa saber que ela conseguiu realizar o seu sonho, que seus diários se tornaram um livro publicado. A história continua nos livros seguintes, e perdura até hoje, após o seus centenário.
É lindo ver um livro como este, de uma escritora brasileira, negra e periférica, que por alguns não é considerada literatura, sendo conhecido mundialmente. É lindo ver Carolina de Jesus sendo homenageada e reconhecida pela importância que a obra dela tem.
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