Livro | Confie em mim

Até onde você iria por amor à sua família?

Gosto do modo como Harlan Coben monta o romance apresentando histórias de personagens diferentes que estão ligados de alguma forma, mas não diretamente, e então o leitor fica à espera do momento em que essas histórias, aparentemente sem sentido, vão de fato se intercruzar. E essa ligação vai ocorrendo aos poucos, fazendo com que o leitor comece a imaginar de que forma as peças de cada história se encaixam. Como conciliar uma esposa infiel, um suicídio de um adolescente, a morte de uma mulher e a invasão de privacidade de pais com o seu filho? É esse puzzle que nos faz ficar ligados no livro, buscando formas de entender as pistas que vão surgindo.

Algo que eu já havia observado em outro livro de Harlan, e que nesse me pareceu ainda mais evidente, é a preocupação dele em mostrar o protagonismo feminino. Há vários personagens de destaque, mas os principais, são mulheres. Tanto mulheres bem sucedidas profissionalmente, quanto uma donas de casa, mas todas fortes e determinadas.

Os fatos se desenrolam rapidamente, alternando entre os diferentes personagens, aumentando o suspense e a avidez do leitor em desvendar os mistérios. Essa estratégia é recorrente nos romances de Harlan. E dá certo.

Apesar de ter gostado muito desse livro o elemento integrador das histórias não me convenceu. Explica qual o catalisador dos eventos, mas ainda assim, qual a chance disso realmente acontecer ao mesmo tempo? Fiquei com a sensação de ter lido sobre dois eventos distintos, que não se integravam muito bem.

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