Alien azul

E lá estavam as estrelas, perfeitamente visíveis. Gostaria de saber identificar constelações, parecia ser um céu propício pra deitar na areia da praia, olhar pra cima e dar nome às estrelas.

Não deitei na areia, apenas olhei pra cima por um breve instante que pareceu ter durado muito tempo. Mas com certeza não foi uma contemplação demorada, essa é só a impressão que dava diante da atmosfera do festival. Um negócio meio etéreo. Apesar de que eu estava completamente sóbria. 

Estava em frente a um dos palcos, rodeada por pessoas várias desconhecidas. Estranhamente confortável no meio da multidão. Tocava um techno que eu nunca havia escutado antes: Era um grupo de músicos instrumentais que tocavam sopro e percussão junto com batidas de música eletrônica. Technobrass. Surreal de bom.

Pulava ao som do techno e via a beleza da lua agora já entremeada de nuvens. A banda toca uma música chamada Praia. Propício. Em meio às batidas da música as palhas do coqueiro ao meu lado também começam a dançar. Agora só faltava que o alien azul inflável ornado com luzes de pisca pisca que atende pelo nome de joe resolvesse dançar também. Não dançou.

E então caiu a chuva. 

Pulamos. Lavamos. Escorremos. Aproveitamos aquele fim de show. Naquele fim de ano.

Dança na chuva mesmo, depois arruma um canto pra se abrigar por tempo suficiente. E espero que a chuva passe antes das onze e trinta, pra dar tempo de chegarmos ao palco principal pra ver a queima dos fogos à meia noite.

Pois passou.

E a tempo. 



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